quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Ano Paulino


A VIDA E O PERCURSO DE PAULO

1. PAULO DE TARSO, APÓSTOLO DE JESUS VIDA E PERSONALIDADE

Para conhecer S. Paulo, a sua vida e a personalidade, são quase exclusivamente bíblicas. São duas as principais fontes de informação:

1) as suas “cartas”, principalmente Gal 1,15-23; 2,1-14 e 2,1-14; Fil 3,5-6; 4,16; 1 Cor 7,7; 16,5-8; 2 Cor 2,1.9-13; 11,32-33; 12,2-4.14; 13,1. Os detalhes das chamadas “cartas pastorais” só podem utilizar-se na suposição de que estas “cartas” sejam autênticas composições paulinas; e isso, para alguns autores, é duvidoso.
2) os “Actos dos Apóstolos”, principalmente 7,58; 8,1-3; 9,1-30; 11,25-30; 12,25; 13,1-28,31.

1.1 O nome

Por várias vezes o apóstolo chama a si próprio “Paulos” (Rom 1,1; 1 Cor 1,1; 16,22; 2 Cor 1,1; Ga 1,1; Ef 1,1; etc.). Este nome aparece também em 2 Pe 3,15 e Act, a partir de 13,9. Antes de Act 13,9 chama-se-lhe “Saulos” (Act 7,58; 8,1.3; 9,1; etc.), que é a forma grega de “Saoul” (que aparece, aliás, nos relatos da conversão, como em Act 9,4.17; 22,7.13; 26,14). Equivale ao hebraico “Sa’ul”, o nome do primeiro rei de Israel (cfr. 1Sm 9,2.17; 10,1; etc.). Significa “pedido” (de Deus, ou de Jahwéh).
Act 13,9 assinala a passagem de “Saulos” a “Paulos”. Só por conjecturas podemos descobrir como é que o apóstolo obteve o nome romano de “Paulo”. É possível que tenha relacão com a cidadania romana (cfr. Act 16,39; 22,27-28; 25,10), que a sua família possuía por habitar na cidade de Tarso. O mais verosímil é que se chamasse “Paulo” desde o nascimento e que “Saul” fosse o nome que o apóstolo usava nos círculos judaicos. Igual a muitos judeus da sua época, Paulo tinha dois nomes: um semita (Saulo) e outro grego ou romano (Paulo). Os nomes escolhiam-se, muitas vezes, tendo em conta a sua semelhança fonética.
Não há provas de que “Saulo” se tenha mudado em “Paulo” no momento da conversão

1.2 A juventude de Paulo

É-nos desconhecida a data do nascimento de Paulo; mas, seguramente, essa data deve ser situada na primeira década depois de Cristo. Os textos não são claros quanto a esta questão: em Act 7,58, diz-se que Saulo era um jovem (em grego: “neanias”) na altura da lapidação de Estevão (anos 33-34); e na carta a Filémon (escrita por volta dos anos 63/64), o próprio Paulo apresenta-se a si próprio como “ancião” (Flm 9). Com estes dados, podemos conjecturar que, na altura da morte de Estevão, Paulo teria mais de 24 anos; e que na altura da Carta a Filémon teria já bem mais de 50. Com estes dados, é de aceitar que o nascimento de Paulo não ocorreu depois do ano 10 da nossa era.
Paulo nasceu na cidade helenista de Tarso da Cilícia (Act 22,3). Os seus pais eram judeus, pertencentes à tribo de Benjamim (Rom 11,1; Flp 3,5). De acordo com Act 23, 16, Paulo tinha uma irmã. Desde o seu nascimento, foi cidadão romano (Act 22,25-29; 16,37; 23,27). Tanto o ambiente helénico de Tarso como a herança judaica da sua família vão deixar marcas na personalidade de Paulo.

1.3 A conversão

Não é segura a data da conversão de Paulo. Segundo os dados dos “Actos”, ela deve ter acontecido não muito depois do martírio de Estevão, quando se iniciou uma violenta perseguição contra os cristãos palestinos. Paulo ía a caminho de Damasco com um grupo de guardas, a fim de prender os cristãos dessa cidade e conduzi-los a Jerusalém; no caminho, encontrou-se com Jesus Ressuscitado. Alguns autores situam estes factos por volta do ano 36; outros falam do ano 33. Na realidade, os dados dos textos não são precisos, embora pareça mais provável o ano 36 do que o ano 33.
O momento da conversão de Paulo, ficará a ser um marco decisivo. Ele vai condicionar, a partir daí, toda a vida e toda a sua missão apostólica a essa experiência de encontro com Jesus Ressuscitado (“acaso não sou apóstolo ? Não vi eu Jesus, nosso Senhor ?” - 1 Cor 9,1; cfr. 15,8). Na ida para Damasco, ele encontrou o Senhor Jesus e mudou a sua vida: de perseguidor dos cristãos, tornou-se o grande apóstolo do projecto de Jesus.
1.4 As missões apostólicas de Paulo

Os anos entre 46 e 58, são um tempo de intensa actividade apostólica. É um período de viagens e de fundação de numerosas comunidades cristãs em terras da Ásia Menor e da Grécia.

a) primeira missão: anos 46-49 (Act 13,3-14,26)

A missão de Paulo aparece ligada a uma indicação do Espírito que o designou, juntamente com Barnabé, para ser enviado. A comunidade cristã de Antioquia torna-se, assim, uma comunidade missionária. Os profetas e doutores de Antioquia impuseram-lhes as mãos e enviaram-nos (Act 13,3). Acompanhava-os João Marcos, primo de Barnabé (Col 4,10). O facto de em Act 13,2 aparecer em primeiro lugar o nome de Barnabé, pode sugerir que era ele o chefe da expedição.
Depois de evangelizar toda a zona e de encontrar oposição em cada cidade, Paulo e Barnabé voltaram por Listra, Icónio e Antioquia da Pisídia, até Perge. Embarcaram para Antioquia da Síria onde chegaram no ano 49. Ficaram aí a repousar algum tempo (Act 14,28).

As numerosas conversões conseguidas nos três anos desta primeira missão, levantaram alguns problemas à Igreja, especialmente no que dizia respeito às relações entre os pagano-cristãos e os judeo-cristãos. A circuncisão era obrigatória, como defendiam os cristãos que provinham do judaísmo? A observância da Lei de Moisés era obrigatória? As prescrições farisaicas relativas aos alimentos eram obrigatórias? É o problema da inculturação do cristianismo no mundo grego: começa a pôr-se, muito seriamente, a questão de discernir entre o que era essencial na mensagem de Jesus e aquilo que eram os elementos acessórios herdados da cultura judaica...

b) o concilio de Jerusalém: ano 49 (Act 15,1-34)

Durante a estadia de Paulo em Antioquia, no termo da primeira viagem apostólica, chegaram ali alguns “judaizantes” (cristãos de origem judaica, mas fundamentalistas que exigiam a prática da Lei de Moisés), que começaram a ensinar a necessidade da circuncisão para salvar-se. Isso provocou uma disputa entre esses “judaizantes”, por um lado, e Paulo e Barnabé, por outro. Confundida, a comunidade cristã de Antioquia decidiu enviar a Jerusalém Paulo, Barnabé e alguns outros (também Tito, de acordo com Ga 2,1), para consultar os apóstolos e anciãos acerca dessas questões. Esta consulta desembocou no chamado “Concílio de Jerusalém”- uma assembleia magna, na qual estiveram presentes os principais animadores das comunidades cristãs da primeira geração. Tratava-se de discutir o que devia ser considerado essencial (e que era, portanto, necessário incluir no núcleo fundamental da mensagem anunciada) e o que era acessório (e podia ser dispensado, não constituindo uma verdade fundamental da fé cristã).
Qual a “agenda” discutida neste concílio ?
De Ga 2,1-10 tira-se a conclusão de que a única questão posta e resolvida ali foi a questão da circuncisão. Trata-se de uma questão com importantes implicações doutrinais: a salvação depende só da fé em Cristo, ou desta fé junto com a circuncisão e a observância da Lei de Moisés ?
Depois de debater amplamente a matéria, prevaleceu a voz de Pedro. A assembleia pôs-se de acordo em recusar a obrigatoriedade da circuncisão e considerou que os cristãos não eram obrigados a cumprir a Lei de Moisés. Desta forma, o “concilio de Jerusalém” libertou a jovem Igreja das suas raízes judaicas e abriu-a à participação de todos os povos, de todas as raças.
c) segunda missão: anos 49-52 (Act 15,40-18,22)

Devido à anterior deserção de João Marcos, Paulo recusou-se a levá-lo na segunda viagem missionária. Por isso, Barnabé desentendeu-se com Paulo (cfr. Act 15,37-39). Paulo partiu, então, com Silas (Silvano). De Antioquia da Síria foram por terra para a Cilícia e, depois, para as cidades do sul da Galácia (Derbe e Listra). Em Listra, juntou-se-lhes um tal Timóteo (cfr. Act 16,1-3). Atravessaram a Frígia em direcção ao norte da Galácia, fundando novas comunidades. Seguiram pela Mísia e chegaram a Tróade, onde se lhes juntou Lucas (é a partir daí que no Livro dos “Actos” se usa a primeira pessoa do plural - “nós”: Act 16,10).
Deixando a Ásia Menor, o grupo embarcou para a Europa e chegou a Neápolis; daí, vieram para Filipos onde foram presos e açoitados (cfr. Act 16,11-40), por exorcizar uma escrava que, dedicando-se à adivinhação, dava lucros chorudos ao seu amo.
Dirigiram-se, depois, à Tessalónica (Act 17,1). A estadia na cidade foi preenchida pela evangelização e pela controvérsia com os judeus. Por isso mesmo, tiveram que fugir da cidade e dirigiram-se para a Bereia (cfr. Act 17,10). Deixando aí o resto do grupo, Paulo foi sózinho a Atenas (cfr. Act 1.7,l5), onde tentou atrair os atenienses, famosos pela sua avidez de novidades, ao evangelho de Jesus ressuscitado (cfr. Act 17,22-31): é o famoso discurso de Paulo no areópago.
Paulo deixou, então, Corinto. Embarcando no porto de Cêncreas, passou por Éfeso, Cesareia marítima e, depois de fazer uma visita a Jerusalém (cfr. Act 18,22), chegou a Antioquia da Síria. Aí ficou algum tempo, possivelmente desde o Outono de 52 até à Primavera de 54.

d) terceira missão: anos 54-58 (Act 18,23-21,17)

Deixando Antioquia da Síria, Paulo viajou por terra através da Galácia e da Frígia até Éfeso. Esta cidade converteu-se no centro da sua actividade missionário durante os 3 anos seguintes (cfr. Act 20,31). Corresponde a esta etapa missionária a carta aos Filipenses, escrita provavelmente enquanto estava preso em Éfeso no ano 56. É, também desta altura (anos 56-57) a Carta aos Gálatas.
Na Primavera de 57 chegaram a Paulo notícias inquietantes sobre a situação da Igreja de Corinto. Para fazer frente aos problemas surgidos - dúvidas, maquinações contra Paulo, escândalos - o apóstolo escreveu pela menos quatro cartas aos Coríntios, das quais só duas chegaram até nós.
No Inverno de 57 (talvez em Dezembro), Paulo dirigiu-se a Corinto. Permaneceu três meses na região da Acaia (cfr. Act 20, 2-3). Entretanto, ia pensando em regressar a Jerusalém. Lembrando-se da pobreza económica da comunidade de Jerusalém, promoveu uma colecta nas Igrejas da Galácia, Macedónia e Acaia (cfr. Act 15,25-25), em favor dos pobres de Jerusalém. Esse gesto serviu, sobretudo, para exprimir a unidade de todas as igrejas.

1.5 A Prisão

Esta etapa abarca vários anos depois de 58, período de prova para Paulo, tempo durante o qual o apóstolo sofreu um prolongado cativeiro que o levou desde a Palestina (Jerusalém primeiro, e Cesareia marítima, depois) a Roma. Em Roma, Paulo foi julgado pelo tribunal de César.

1.6 Últimos anos e morte

O livro dos “Actos dos Apóstolos” termina com o breve relato da prisão domiciliária de Paulo (cfr. Act 28,30-31). A sua chegada a Roma, é o culminar da difusão da Boa Nova, desde Jerusalém até Roma, o coração do império e do mundo antigo. Lucas termina aí o relato, pois o seu objectivo teológico já foi concretizado.
Quanto à vida de Paulo, tudo se torna muito nebuloso a partir daqui. O pouco que sabemos, tem a ver com tradições que são embelezadas com rasgos lendários. Essa tradição conta que Paulo, libertado depois de dois anos de prisão domiciliária, viajou até “às Espanhas”.

(MESTERS, Carlos., Curso Bíblico, edições Paulistas, Lisboa 1983, págs. 261-273)
Revisado por Pe. Amandio Rocha

Dia Feliz... é o seu aniversário!!!

No 27 de julho comemoramos o aniversário de nosso irmão Jaelton e de nossa irmã Rinelle!!!
Confira os fhash's!!!

Glaucia, Jaelton e Juciara

Rinelle e Ígor

Glaucia não esconde a vontade de comer e põe o dedo no bolo!!! rsrsrs


Glaúcia, Rinelle e Juciara



Parabéns a vocês e obrigado pela doação e vocação de cada um!!!

CASA BENTO XVI

Em breve teremos fotos e detalhes de nossa casa!!!

Fique atento!!!



Conheça a missão e seus membros!

Atualmente moram na missão Bento XVI, no Bairro da Ribeira, 3 missionários.
Estamos a um ano e seis meses na Paróquia Bom Jesus das Dores, a paróquia do nosso querido Conêgo José Mario, aqui realizamos as seguintes evangelizações:




  • Grupo de Oração

  • Cenáculos

  • Livraria

  • Braço Forte

  • Peregrinações

  • Missa de Cura e libertação


E esses são os membros:


Juciara Silva de Souza - Responsável pela missão
Data de Nasc: 27/12/1985
Data de entrada na comunidade: 15/08/03
Consagrada
Frase: Não há superação sem esforço!!!



Glaúcia Rogrigues
Data de Nasc: 06/09/1986
Data de entrada na comunidade: 08/02/2006
Consagrada
Frase: Amar é dar-se até doer!!! Sta. Terezinha.




Jaelton de Lima
Data de Nasc: 27/07/1982
Data de entrada na comunidade: 02/06/2002
Consagrado
Frase: Quando se sonha sozinho é apenas um sonho, quando se sonha em conjunto torna-se realidade. Dom Helder

Cenáculo: Eis aí tua Mãe!!!

Atualmente temos na missão 76 famílias beneficiadas com os cenáculos, o nosso objetivo é tornar cada família uma família orante.
A palavra de Deus nos diz em Atos 16,31 "Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e tua casa". Essa é a promessa de Deus que precisamos tomar posse.
É isso que o projeto dos cenáculos deseja, que todos conheçam Jesus e experimente sua força e seu amor.
Bairros atingidos pela evangelização:
  • Rocas
  • Ribeira
  • Cidade Alta
  • Petrópolis
  • Igapó
  • Parque dos coqueiros
  • Brasilia teimosa
  • Potilândia
  • Barro Vermelho
  • Alecrim
Glaucia Rodrigues - Missionária Consagrada da Obra de Maria
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