segunda-feira, 11 de maio de 2009

Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada

Cristo permanece na Sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação, em toda a sua atividade. De modo especial, Cristo continua presente entre nós nessa entrega diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a missa é o centro e a raiz da vida cristã. Em todas as missas está sempre presente o Cristo total, Cabeça e Corpo. "Por Cristo, com Cristo e em Cristo". Porque Cristo é o Caminho, o Mediador. Nele tudo encontramos; fora Dele, a nossa vida torna-se vazia. Cristo vive nos cristãos. A fé diz-nos que o homem, em estado de graça, está endeusado. Somos homens e mulheres; não somos anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias; mas a divinização envolve o homem todo, como antecipação da ressurreição gloriosa. «Cristo ressuscitou de entre os mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também veio por um homem a ressurreição. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também, em Cristo todos são vivificados» (1Cor 15, 20-22). A vida de Cristo é a nossa vida, segundo o que prometera aos Seus Apóstolos no dia da Última Ceia: «Se alguém Me tem amor, há-de guardar a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada» (Jo 14, 23). O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo, tornando seus os sentimentos de Cristo, de tal modo que possa exclamar com São Paulo: «Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim» (Gal 12, 20).

São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador

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