sexta-feira, 24 de abril de 2009

Igreja no Brasil quer formar padres à luz de Aparecida

Bispos reunidos em Assembleia Geral discutem diretrizes da formação presbiteral
INDAIATUBA, quarta-feira, 22 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Conferência de Aparecida inspira os bispos do Brasil a repensarem as diretrizes de formação dos sacerdotes.
A 47ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que reúne 330 bispos em Itaici (Indaiatuba, São Paulo), acolheu hoje o texto prévio das novas diretrizes. Trata-se de um texto elaborado nos últimos dois anos, que vai substituir o Documento 55 da CNBB, em vigor desde 1995.
O novo documento deve ser aprovado até o encerramento da Assembleia, dia 1º de maio, após uma série de revisões e contribuições dos grupos de estudo.
“Nós estamos atualizando as diretrizes para a formação dos presbíteros no Brasil, acolhendo reflexões da Conferência de Aparecida e suas principais contribuições na compreensão da identidade presbiteral”, explicou hoje Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Teresina (Piauí) e presidente da comissão de redação.
“O Documento de Aparecida acentua a compreensão do presbítero como discípulo e missionário de Jesus Bom Pastor”, disse.
Os futuros padres serão formados na dinâmica de uma Igreja missionária, “que se preocupa com a vivência cristã, com a participação daqueles que nem sempre estão entre nós, isto é, com uma preocupação de ir ao encontro”.
Segundo o arcebispo, o texto tem uma estrutura organizada em três grandes partes, que abordam os fundamentos da formação dos padres, o período de Seminário e a formação permanente.
“Acentua-se a necessidade do seguimento de Jesus Cristo, com o Seminário sendo parte do fazer-se discípulo; depois, o padre continua esse dinâmica, tornando-se missionário.”
De acordo com Dom Sérgio da Rocha, a formação dos padres circunscreve-se em cinco dimensões: humano-afetiva, comunitária, espiritual, intelectual e pastoral. “Não dá para pensar uma desligada da outra”, disse.
“É muito importante considerar que o presbítero é pessoa humana, o que implica aprofundar na dinâmica humano-afetiva, mas esta sempre se completa com as outras”, destacou.

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